Sonambulismo é um distúrbio que se manifesta durante a fase mais profunda do sono, este distúrbio caracteriza pela realização de atividades motoras sem a pessoa ter consciência do que está fazendo. Basicamente consiste em levantar-se da cama, andar ou praticar algum tipo de atividade enquanto ainda está dormindo. Em termos médicos, é um distúrbio do sono em que as funções motoras despertam, mas a sua consciência permanece inativa. Por isso, no dia seguinte, os sonâmbulos não lembram, ou lembram muito pouco, o que aconteceu durante a noite.
Estima-se que cerca de 1 a 15% da população mundial já teve algum episódio de sonambulismo. Em geral, os episódios ocorrem uma ou duas horas depois que a pessoa adormeceu, podem durar até meia hora e terminam quando a pessoa acorda ou volta para cama para continuar dormindo
Casos de sonambulismo são mais comuns na infância, até por volta dos 12 ou 13 anos, porém adultos e idosos também podem ser afetados por este distúrbio do sono. E por ser muito comum, hoje em dia o sonambulismo não é mais caracterizado como um distúrbio do sono propriamente dito, mas sim como uma variação dele.
Alguns sonâmbulos abrem portas e saem de casa. Outros trocam de roupa, abrem janelas e gavetas, alimentam-se ou urinam. A coordenação no início dos episódios é pobre, podendo tornar-se mais complexa. A expressão facial é estática, e o indivíduo geralmente mantém os olhos abertos e fixos.
Muitas pessoas acreditam que sonâmbulos nunca devem ser acordados durante uma crise, ou que, se alguém der um susto nessa hora, ficaria definitivamente curados. Nada disso é verdade. Sonâmbulos podem ser acordados e assustá-los não trará o menor benefícios para o controle do distúrbio. O inconveniente será apenas que ao despertar a pessoa ficará meio confusa, sem entender direito o que está acontecendo naquele momento. Neste caso, o melhor é leva-la com calma de volta para a cama a fim de que continue dormindo.
Como identificar o Sonambulismo.
Classificado como uma parassonia, um comportamento ou experiência indesejável durante o sono, a palavra sonambulismo define bem o principal sintoma do transtorno: andar (ambular) dormindo, quase sempre de olhos abertos, mas vazios, sem expressão.
Durante os episódios, a pessoa pode:
- – Sair da cama e caminhar pelo quarto
- – Sentar-se na cama
- – Abrir os olhos
- – Se vestir ou trocar de roupas
- – Levantar para comer
- – Ir ao banheiro
- – Não responder ou não se comunicar com os outros quando é chamada
- – Falar sem nexo
- – Ser difícil de acordar durante um episódio de sonambulismo
- – Apresentar rápida desorientação ou confusão depois de ter sido despertada
- – Voltar rapidamente ao sono
- – Não se lembrar de absolutamente nada quando despertar normalmente pela manhã seguinte
- – Apresentar estresse, mau humor e sono diurno em decorrência das perturbações durante a noite
Quase sempre, o sonâmbulo repete ações rotineiras, estereotipadas, sem a interferência direta do cérebro, o que pode resultar em acidentes. Ou seja, não é raro a pessoa cair ou ferir-se com a faca que usou para cortar um alimento durante a crise de sonambulismo. São menos comuns os casos em que o sonâmbulo sai de casa, caminha pelas ruas ou dirige automóvel, por exemplo.
O que pode causar o Sonambulismo?
A causa do sonambulismo ainda é desconhecida. O que se sabe é que ele se manifesta mais no sexo masculino e que alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver o transtorno. Entre eles, vale destacar o componente genético, já que vários casos ocorrem em membros da mesma família.
Nas crianças, a desordem pode estar correlacionada com o processo de amadurecimento do cérebro e costuma desaparecer com o crescimento sem deixar vestígios. Nos adultos, em geral, os episódios se repetem ao longo dos anos e são desencadeados, na maior parte das vezes, por níveis altos de estresse físico e mental.
Recomendações:
- – Se o sonâmbulo sai do quarto e caminha pela casa, acompanhe o deslocamento e procure conduzi-lo gentilmente para a cama.
- – Procure não encostar na pessoa, pois ela pode reagir com empurrões, uma reação de fuga.
- – Se for preciso acordá-la, tente usar palavras.
- – Tranque janelas.
- – Evite beliches ou camas muito altas.
- – Tire a chave da fechadura da porta da casa.
- – Afaste objetos ou móveis que possam representar risco de ferimentos
- – Facas e outros objetos cortantes devem ser retirados do alcance da pessoa.
- – Ao se hospedar em andares altos, na casa de amigos ou em hotéis, verifique a segurança das janelas”
É importante lembrar a todos para não se se automedicar: alguns medicamentos, em vez de ajudarem, comprometem mais ainda a qualidade do sono. Procure um médico especialista.
Fonte: Drauzio Varella / Minha Vida
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