Dormir bem: a melhor decisão para a sua carreira!

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O bom desempenho profissional inclui várias atividades, entre elas, uma muito barata: dormir bem. O sono de qualidade é extremamente importante para manter um bom nível de produtividade. Porém, infelizmente, essa tarefa diária é menosprezada pelos profissionais brasileiros.

Dormir bem

Uma pesquisa recente realizada pelo International Stress Management Association (Isma-BR_) revelou que os executivos possuem uma jornada de trabalho de 13 horas, um aumento de 3 horas se comparado com dados de 2010. Segundo uma clínica, especializada em check-up de executivos, 25% sofrem de insônia, um crescimento de 40% nos últimos dez anos.

É comum entre estes profissionais uma agenda caótica, com atividades que afetam a hora de dormir e acordar. E a privação do sono interfere de forma negativa a capacidade de concentração, tomada de decisões, velocidade cognitiva e memória, além de aumentar a ansiedade, cansaço e irritação.

A longo prazo, a falta de sono constante vira um problema de saúde sério: altera o metabolismo e aumenta o risco de hipertensão, ganho de peso, diabetes e doenças cardiovasculares. “Quando a rotina aperta, as pessoas tendem a cortar aquilo que é mais importante para a saúde: tempo de sono, atividade física e boa alimentação”, diz Ana Maria Rossi, do International Stress Management Association BR.

Vários aspectos da relação entre dormir bem e trabalhar não são discutidos, mas, quando considerados, explicam muito como o repouso altera a produtividade. A maneira como descansamos, por exemplo, é muito diferente da de séculos atrás, o que indica que o trabalho contemporâneo contraria o que seria natural.

Ao pesquisar sobre a noite, o historiador americano Roger Erkich descobriu que no século XVI as pessoas dormiam em dois tempos: primeiro, do entardecer até a meia-noite. Nesse horário, elas acordavam e ficavam em casa lendo, rezando ou fazendo outras Atividades, e depois voltavam a dormir até o dia clarear.

Foi descoberto também que o intervalo entre estes dois sonos é relaxante: o cérebro libera o hormônio responsável pela sensação de leveza e redução do estresse, a prolactina.

O trabalho define a dinâmica do sono atual. Segundo Matthew J. Wolf-Meyer, professor de antropologia na Universidade da Califórnia, autor do livro The Slumbering Masses (“Massas sonolentas”, numa tradução livre, sem edição no Brasil), o jeito como dormimos hoje nasceu na época da Revolução Industrial, no século 19.

A rotina profissional organizada por turnos fixos e a energia elétrica mudaram o significado do ato de ficar acordado à noite. Na virada para o século XX, surgiu a ideia de que dormir por 8 horas seguidas seria o suficiente. Qualquer comportamento fora desse padrão é visto com preconceito pela sociedade.

Outro aspecto é a organização das empresas em torno de horários de trabalho. Para cumprir um expediente de 8 horas com folga de 1 hora para almoço, uma pessoa geralmente começa a trabalhar entre 8 e 10 horas da manhã e sai entre 17 e 19 horas — isso sem considerar os inúmeros empregos que têm carga horária maior.

Essa rotina rígida restringe o sono de um profissional comum entre as 23 e as 7 horas. O problema é que muita gente tem um ritmo biológico que não bate com o relógio ponto das empresas. “A exigência de chegar cedo privilegia pessoas matutinas”, diz a engenheira dinamarquesa Camilla Kring, fundadora da B-Society, grupo que atua em defesa de horários flexíveis nas empresas.

Há quem trabalhe melhor acordando mais tarde. Em geral, uma pessoa matutina acorda às 6 horas, dorme às 22 e tem mais energia até antes do meio-dia. Os vespertinos saem da cama pelas 9h e deitam à 1h, com pico de energia e produtividade à tarde e à noite.

A quantidade necessária de horas de sono também varia. Para que um vespertino sobreviva em uma empresa matutina, Camilla Krin dá algumas dicas: “Tente ficar exposto à luz do dia antes do almoço, e não mais depois disso. Desse jeito, dá para adiantar o relógio biológico em cerca de 1 hora”, afirma.

Sono é dinheiro

A perspectiva de mudança na dinâmica atual do sono cresce conforme as empresas percebem que funcionários cansados são menos produtivos e adoecem mais. Segundo um estudo da Universidade Harvard, a produtividade baixa por causa da estafa faz com que as companhias americanas percam 63,2 bilhões de dólares por ano.

O sono também é uma questão de segurança. No Brasil, foi criada a Lei do Descanso, que tinha como foco acabar com as jornadas abusiva de caminhoneiros. Em 2010 o governo Norte Americano criou uma regulamentação que exige que empresas de áreas como transporte e energia tenham uma política de gestão de fadiga.

O mesmo é exigido no Canadá, na Austrália e em alguns países da Europa. Com base nisso, Martin Moore-Ed, ex-professor da Harvard Medical School, criou uma empresa de gestão da fadiga. Ele já prestou consultoria para mais da metade das 500 maiores empresas listadas pela revista Fortune.

Por enquanto, no Brasil, poucas empresas tomam medidas para melhorar a qualidade do sono de seus funcionários. As mais antenadas oferecem no máximo salas de descanso ou de descompressão, e em muitos casos o uso é restrito à hora do almoço.

A soneca no trabalho é uma bandeira há muito levantada pela psicóloga americana Sara Mednick. “O descanso ajuda nossa produtividade, além de melhorar o humor e a criatividade”, afirma Sara, professora assistente na Universidade da Califórnia e autora do livro Take a Nap! (“Tire um cochilo!”, inédito no Brasil).

Ela realizou um estudo para ver como pessoas que dormem bem à noite se sentem durante o expediente de trabalho de 9 às 18 horas. O resultado foi uma queda de desempenho ao longo do dia. Após uma soneca, a produtividade não só se igualou à observada na parte da manhã como permaneceu alta até o final do expediente.

Além disso, segundo Sara, houve aumento de 40% na criatividade. Em testes de memória verbal e motora, o desempenho de indivíduos que cochilaram ficou acima daqueles que tomaram café. “As pessoas tomam café para ficar acordadas e, quando chega à noite, tomam remédio para dormir. Será que esse é mesmo o melhor jeito de encarar uma semana de trabalho?”, diz Sara.

Fonte: Exame.com – Abril 


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One thought on “Dormir bem: a melhor decisão para a sua carreira!

  • Muito boa esta matéria sobre “Dormir bem: a melhor decisão para a sua carreira!”
    Interessante divulgar, faz bem para nossa saúde.

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